quarta-feira, 26 de março de 2014

Fórum do Pensamento Crítico debate ditadura e redemocratização do Brasil.

Com o tema ‘Autoritarismo e Democracia no Brasil e na Bahia (1964-2014)’, a terceira edição do Fórum do Pensamento Crítico debate até a próxima sexta-feira (28), em Salvador, os 50 anos do golpe civil/militar de 1964 e os 30 anos das Diretas Já. A solenidade de abertura, realizada nesta segunda-feira (24) no Teatro Castro Alves (TCA), com a participação do governador Jaques Wagner, foi marcada pela discussão sobre o contexto social e político do golpe e homenagens ao político e guerrilheiro Carlos Marighella e outros nomes importantes da ação e pensamento sobre o período. O fórum é realizado pela Secretaria de Cultura (Secult) e conta com apoio da Secretaria de Educação do Estado da Bahia.
“O fórum é importante porque não há como construir uma democracia de verdade sem que a verdade aflore para quem viveu aquela época e para a juventude, que nasceu na democracia. Trata-se de descrever a verdadeira história do Brasil e da Bahia para condenar um crime de estado, e dizer tortura e ditadura nunca mais”, afirmou o governador.
O secretário da Educação, Osvaldo Barreto, falou, durante a abertura, sobre a importância de se fomentar debates sobre o assunto. “O objetivo da Secretaria da Educação é promover o debate desse momento histórico, principalmente no âmbito escolar. Os 50 anos do Golpe Militar tem que estar claro para que os estudantes possam entender o presente e as implicações da democracia”, salienta.

Durante a solenidade fizeram palestras o ex-governador da Bahia e atual vereador de Salvador, Waldir Pires, o doutor em Sociologia pela Universidade de Rostock, Clodomir Santos de Morais, o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Juarez Guimarães, e Eliana Rolemberg, anistiada política, militante histórica dos direitos humanos e diretora Executiva da Coordenadoria Ecumênica de Serviços (Cese), com sede em Salvador.
A programação do III Fórum do Pensamento Crítico inclui mesas e debates que abordam temas como as repercussões da ditadura, as heranças culturais e comunicacionais, o período de redemocratização, os avanços e limites da democracia no estado e no país. “É um leque amplo que vai passar em revista os últimos 50 anos do Brasil, levando em conta a polaridade entre autoritarismo e democracia”, disse o secretário estadual de Cultura, Albino Rubim.
Outras atividades programadas são a mostra temática de cinema nos centros e equipamentos culturais da Secult, e a Feira de Livros da Fundação Pedro Calmon, no Foyer do TCA com lançamentos e publicações sobre o golpe civil-militar de 1964, além de livros de história, cultura, democracia, direitos humanos, entre outros.
O fórum também tem o apoio da Fundação Perseu Abramo, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia (Ufba), jornal A Tarde, Cese, Ministério da Justiça, Assembléia Legislativa da Bahia e o Cinema Sala de Arte.

Ascom- Direc 16

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