Foto: Ilustrativa |
Por: Ivanei
Em 1969, os jovens de Várzea do
Poço, especialmente entre 15 e 19 anos participavam intensamente do futebol
existente daquela época. As equipes do Bahia, Galícia, Flamenguinho e
Ferroviário que participavam do campeonato varzeano, após essas disputas com as
categorias maiores, formava um time para jogar partidas fora da nossa cidade. A
grande emoção era a embaixada de jegue que saia da praça principal até a cidade
ou povoado onde iríamos jogar.
Era divertido, pois tinha tanto
jogador que cada animal levava um na garupa, quando chegava à cidade do destino
o organizador tinha a missão de arrumar hospedagens para os jogadores e para os
animais.
Os arreios eram armazenados
geralmente em um cômodo de um bar. Após o jogo o que tornava mais complicado ao
mesmo tempo divertido, era cada dono do animal encontrar a sua sela naquela
pilha gigante de arreios, geralmente o jogo terminava já escuro e o cômodo onde
estava os arreios não tinha luz, às vezes com candinheiro ou vela formava um puxa-puxa,
no final alguns animais vinham com arreios trocado.
A confusão
dos arreios não tinha muita importância, o bom é que saíamos daquele lugar
cantando, aboiando, fazendo rapa e tirando sarro uns dos outros até chegarmos a
nossa cidade. Outro detalhe era que na entrada parava todo mundo para formar
uma fila indiana (um atrás do outro), contornando a praça principal para
encerramento da embaixada.
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